Trata-se de uma infecção enzoótica que acomete cães no mundo todo que pode ser assintomática ou causar leve gastroenterite.
Etiologia
É um vírus envelopado de fita RNA simples. Apesar de ser pouco resistente pode manter-se em temperatura ambiente por 1-2 dias.
Epidemiologia
A infecções foi relatada em cães, raposas e coiotes. Outras espécies Canidae podem ser susceptíveis. Testes sorológicos indicam que trata-se de uma infecção comum, porém a importância é incerta já que o vírus foi isolado de cães que apresentaram diarreia bem como assintomáticos.
A doença é de disseminação rápida, principalmente animais de canil e usados em apresentações.
Doença Articular Degenerativa: osteoartrite ou osteoartrose
Inflamação Óssea
A infecção ocorre após ingestão de matéria fecal dos animais acometidos. Estes eliminam o vírus durante 6-9 dias ou por meses.
A imunidade da mucosa é mais importante do que os anticorpos circulantes na proteção contra re-infestação. A duração da imunidade, sem exposição ao vírus, é relativamente curta. Em canis onde a infecção é endêmica, o vírus circula constantemente na população.
Patogênese
O coronavírus sobrevive no meio ácido do estômago e infecta o topo das vilosidades do epitélio intestinal.
A infecção começa no duodeno e se espalha rapidamente envolvendo todo o intestino delgado em 24-48 horas. A diarreia ocorre devido à interferência na absorção intestinal.
Em casos brandos, a recuperação é rápida, levando uma semana.
Sinais Clínicos
Geralmente a infecção é assintomática. O período de incubação é curto de 1-3 dias. Quando há sinais, estes são variáveis e inespecíficos, incluindo, anorexia, depressão, vômito e diarreia.
As fezes são mucosanguinolentas, são fétidas e de coloração amarelo-esverdeado ou laranja. Febre e leucopenia podem estar presentes.
A maioria dos animais se recuperam entre 7 e 10 dias. Ocasionalmente, pode ocorrer infecção bacteriana secundária.
A mortalidade é baixa. Animais de todas as idades podem ser acometidos, porém os casos mais graves ocorrem em filhotes.
Patologia
Lesões macro e micro são inespecíficas e restritas ao intestino delgado e linfonodos mesentéricos.
As alças intestinais apresentam-se repletas de ingesta líquida e os linfonodos edematosos.
As lesões histológicas apresentam vilosidades atrofiadas e alterações em criptas e vilosidades acompanhadas de incremento na celularidade da lâmina própria.
Diagnóstico
• Não há sinais clínicos ou hematológicos específicos
• O vírus pode ser detectado em amostras fecais por microscopia eletrônica
• O isolamento viral é inconsistente
• Imunofluorescência indireta
Tratamento
Suporte: fluidoterapia e antibióticos
Controle
Vacinação, principalmente de gestantes para conferir imunidade através do colostro para os filhotes. A imunidade da vacina não é eficiente, portanto animais vacinados estão susceptíveis à infecção.
Fonte:
QUINN, P. J. Microbial andParasiticDiseasesofthedogand cat. Londres: Saunders, 1997.