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Laringotraqueíte Infecciosa Aviária (LTI)
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Laringotraqueíte Infecciosa Aviária (LTI)

A Laringotraqueíte Infecciosa Aviária (LTI)é uma doença de notificação compulsória (OIE) é uma enfermidade de importância econômica e sanitária.

Doença respiratória aguda altamente contagiosa que acomete o trato superior das aves. Causa grandes perdas econômicas em função da queda na produção de ovos, alta morbidade e mortalidade que pode atingir 70%, principalmente em criações intensivas.

O agente é da família Herpesviridae, chamado de Gallidherpesvirus 1. Uma característica desse vírus, que dificulta o controle e a erradicação da doença, é sua capacidade de permanecer nas aves de forma latente por até 15 meses, sem manifestações clínicas.

Apesar de todas as cepas parecerem antigenicamente similares, a virulência das cepas varia de forma considerável, resultando em infecções que vão de subclínicas (forma endêmica) até uma doença respiratória grave com alta mortalidade (forma epizoótica).

Etiologia da Laringotraqueíte Infecciosa Aviária

Vírus da laringotraqueíte infecciosa (VLTI) é o nome comum da espécie herpesvirusgalíneo1 (GaHV-1).
Família: Herpesviridae
Subfamília: Alphaherpesviridae

DNA, fita dupla, envelopado, alta resistência aos desinfetantes comerciais utilizados pela indústria avícola quando em matéria orgânica.

Epidemiologia

Cepas de alta virulência – alta morbidade e alta mortalidade. Cepas de baixa virulência – infecção suave ou inaparente.

Galinha é o hospedeiro natural. Aves de todas as idades são suscetíveis, mas os sinais só são observados nas adultas.

O vírus entra pelas vias respiratórias superiores e pela via oral. Os animais com infecção clínicas são as principais fontes de transmissão. No entanto, a transmissão também pode ocorrer a partir da cama e matérias contaminadas.

Não há transmissão vertical. Sinais aparecem 6-12 dias após infecção.

Patogenia

O vírus se multiplica no epitélio da laringe e traqueia, em outras membranas e tecidos como conjuntivo, nasais, sacos aéreos e pulmões.

O vírus está presente nos tecidos da traqueia e na secreção traqueal após 6-8 dias após PI e mantém-se por 10 dias em dose baixa.

Anemia Infecciosa das Aves: da etiologia ao controle

O vírus pode estar presente 4-7 dias após infecção em gânglio trigêmeo e ficar latente até 15 meses. Essa latência impede ação do sistema imune, então a fonte de infecção não é detectada, não sendo excluída do lote, podendo transmitir a doença a aves suscetíveis de modo esporádico ao longo da vida.

O vírus se expressa diante de fatores estressantes e alterações que ocorrem nas aves, no início da postura, na entrada da ave em um lote ou muda forçada em aves de postura.

A ocorrência de um surto epizoótico produz sinais no lote afetado, como eliminação das secreções respiratórias com sangue, oq eu pode ser detectado em manchas nas paredes das instalações e nas penas das aves, permitindo a disseminação da infecção rapidamente, produzindo uma mortalidade maior que 20%, podendo chegar a 70%.

Situações de baixa morbidade e baixa mortalidade (1-2%) pode dificultar o diagnóstico.

Criações não-industriais permitem que o vírus seja mantido de forma endêmica, servindo como reservatórios para criações comerciais onde a doença não ocorre.

Sinais clínicos

Depressão, dispneia, tosse, descarga nasal e expectoração de muco hemorrágico, redução na produção de ovos, conjuntivite e afecções sinusais.

A forma menos grave causa conjuntivite, inflamação dos seios infra-orbitários e nasais, descarga nasal persistente e traqueíte suave. Ocorre um tampão caseoso no lúmen traqueal, impedindo a respiração da ave, levando a esticar o pescoço para respirar → sinal clínico importante!

Bouba aviária: prevenção, diagnóstico e tratamento

Macroscopia: lesões em laringe e traqueia, processo inflamatório que pode variar de mucoso a hemorrágico; na traqueia lesões diftéricas com membranas mucosas ou hemorrágicas com tecido necrótico ao longo da mesma, podendo os sinais de inflamação ser achados até os brônquios, pulmões e sacos aéreos.

Exsudato caseoso amarelo está presente, formando cáseo que pode evoluir até ocluir o lúmen traqueal, causando asfixia. Conjuntivite, edema e congestão epitelial na conjuntiva e sinusite são comuns em casos graves.

Microscopia: lesões microscópicas em traqueiacomo infiltração inflamatória na mucosa e submucosa por linfócitos, histiócitos e plasmócitos, perda de cílios, edema celular e formação de sincítios, levando à descamação epitelial com exposição de capilares e hemorragias.

Corpúsculos de inclusão intranucleares visíveis 1-5 dias de infecção depois desaparecem devido à descamação.

Diagnóstico

O diagnóstico da Laringotraqueíte Infecciosa Aviária é baseado em histórico, sinais clínicos, lesões de necropsia e achados histológicos. Provas de diagnóstico laboratorial são necessárias a fim de confirmar o diagnóstico da doença subaguda: histopatológico, isolamento viral, sorologia, PCR.

Diferencial: aspergilose, NC, bronquite infecciosa das galinhas, IA e bouba aviária.

Controle

A latência é o maior impedimento para os programas de controle da Laringotraqueíte Infecciosa Aviária, mas a restrição de hospedeiros, a instabilidade do vírus no meio ambiente e a ineficiência da transmissão vertical são fatores que permitem ações restritivas para evitar a disseminação da doença, como a eliminação de aves afetadas ou identificadas como albergando a forma latente do vírus e a vacinação, possam ter resultados eficientes.

Pode ocorrer surtos entre lotes não vacinados com lotes vacinados, devido à disseminação do vírus vacinal, que pode ganhar virulência depois de passar de ave em ave. É importante evitar a mistura de lotes vacinados e não vacinados porque as aves podem ser infectadas com o vírus de campo e com o vacinal. As medidas de biossegurança devem ter o objetivo de evitar o contato de aves suscetíveis com vírus de campo e/ou vacinal.

Bronquite infecciosa das galinhas: da etiologia à prevenção

Em casos de surtos, as medidas devem incluir: diagnóstico rápido, estabelecimento de um programa vacinal e prevenção na disseminação do vírus.

Os programas de vacinação só devem ser usados em áreas endêmicas, pois podem desenvolver resistência em populações suscetíveis produzindo portadores com infecção latente. A vacina viva modificada pode causar disseminação do vírus, atenuação insuficiente, produção de animais portadores com infecção latente e aumento da virulência com a passagem ave a ave.

A vacinação pela via ocular leva a uma proteção mais uniforme se uma vacinação única for realizada, enquanto que a vacinação por aerossol pode servir como via para esquema de vacinação em duas doses. A primeira dose entre 7-8 semana de idade e a segunda 15-16 semanas de idade.

Referência: RAVOLLEDO, Liliana; FERREIRA, Antônio J. P. Patologia Aviária. São Paulo: Manole, 2009.

Materiais para estudo:

LARINGOTRAQUEÍTE INFECCIOSA DAS AVES: DIAGNÓSTICO LABORATORIAL, CARACTERIZAÇÃO VIRAL E MEDIDAS DE CONTROLE EM UM SURTO EM AVES DE POSTURA COMERCIAL EM SÃO PAULO, BRASIL / AVIAN INFECTIOUS LARYNGOTRACHEITIS: LABORATORIAL DIAGNOSTIC, VIRAL … | LUCIANO | Ars Veterinaria

Laringotraqueíte Infecciosa das Aves: epidemiologia e profilaxia (aviculturaindustrial.com.br)

LARINGOTRAQUEÍTE INFECCIOSA: SITUAÇÃO BRASILEIRA (embrapa.br)

NOTIFICAÇÃO DE DOENÇAS AO SERVIÇO VETERINÁRIO OFICIAL — Português (Brasil) (www.gov.br)

Microsoft Word – REVISÃO DE LITERATURA LARINGOTRAQUEÍTE INFECCIOSA DAS AVES… (revista.inf.br)

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